Potencial terapêutico de compostos aromáticos da Lippia alba contra a doença de Alzheimer

No dia 29 de Novembro de 2024, às 9h, aconteceu a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso “Potencial terapêutico de compostos aromáticos da Lippia alba contra a doença de Alzheimer” realizado pelo aluno João Victor Costa da Silva. Participaram da banca a professora Silvana Giuliatti (orientadora), e os membros titulares, Adriano Silva dos Santos e Domingos Alves.

Link da defesa: https://www.youtube.com/live/lk2921mzAA4?si=NZI7lmgkMhXr5ErW

 

Segue o resumo do TCC:

“A doença de Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa que afeta cerca de 55 milhões de pessoas mundialmente, com previsão de triplicar esse número até 2050. Em nível molecular, sua neuropatofisiologia baseia-se, principalmente, no acúmulo de placas beta-amiloides e agregados fibrilares de proteínas tau em tecido nervoso cerebral. Para compreender melhor os fundamentos patológicos da doença de Alzheimer, diversas hipóteses foram formuladas e, paralelamente, novos marcadores estão sendo pesquisados. No entanto, por se tratar de uma condição multifatorial e cujos aspectos determinísticos ainda não foram completamente esclarecidos, a busca por alternativas terapêuticas faz-se desafiadora. Entre os agentes moleculares já identificados, existem medicamentos aprovados, como a Galantamina, um alcaloide extraído de plantas da família Amaryllidaceae, que atua na inibição de colinesterases. A planta Lippia alba, pertencente à família Verbenaceae, por sua vez, demonstrou em estudos anteriores aspectos anti-inflamatórios, antioxidantes, entre outros, indicando que ainda há mais caminhos a serem explorados em suas propriedades. Portanto, com o objetivo de investigar seu potencial terapêutico contra a patologia enunciada, 34 ligantes extraídos da L. alba foram submetidos ao docking molecular com os alvos de interesse Acetilcolinesterase, Butirilcolinesterase, Glicogênio sintase quinase-3 e N-metil-D-aspartato. Os selecionados com base na afinidade foram submetidos às análises de interações e aos testes de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade, sendo também comparados com as referências selecionadas. Embora os testes indiquem a necessidade de modificações estruturais para um uso medicamentoso, observou-se que alguns ligantes apresentam potencial de ação multialvo promissor, com resultados semelhantes ou superiores aos das referências. Assim, conclui-se que a L. alba exibe potencial terapêutico contra a doença de Alzheimer nas quatro vias de inibição exploradas, destacando-se para futuras simulações, experimentos e ensaios mais avançados.”